Abrir-se pode ser o primeiro passo para se transformar.
Vivemos em uma cultura que valoriza o controle, a força, a produtividade, a resposta rápida. Mostrar dúvidas, dores ou inseguranças é muitas vezes visto como fraqueza — quando, na verdade, ser vulnerável é uma das expressões mais profundas de coragem.
Ser vulnerável não significa se expor de qualquer jeito ou contar tudo para todo mundo. Vulnerabilidade é, antes de tudo, permitir-se ser verdadeiro. É olhar para dentro e reconhecer: "Isso me toca", "Isso me dói", "Eu preciso de ajuda", "Eu não tenho certeza", "Eu quero me conectar".
Por que evitamos a vulnerabilidade?
Porque fomos ensinados, desde cedo, que sentir medo, tristeza, vergonha ou dúvida é sinal de fracasso. Criamos máscaras para parecer bem o tempo todo. E assim, muitas vezes, nos afastamos da nossa própria experiência e das conexões que mais importam.
Mas a verdade é que não existe intimidade sem vulnerabilidade. Nem com os outros, nem com a gente mesmo.
Ser vulnerável na psicoterapia.
Na psicoterapia, a vulnerabilidade não é um "problema a ser resolvido". Ela é o ponto de partida para o crescimento. Quando você se permite ser honesto consigo e com o terapeuta, algo poderoso acontece: você deixa de lutar contra si e começa a construir um espaço mais autêntico para viver.
Em abordagens como a Psicoterapia Analítica Funcional (FAP), o momento em que um cliente compartilha algo difícil, hesita, se emociona ou arrisca dizer algo novo é justamente quando estamos mais perto da mudança real. Porque é no contato com o que mais tentamos evitar que também encontramos o que mais precisamos transformar.
A vulnerabilidade não é fraqueza — é potência
Ser vulnerável é dizer “eu me importo”. É se colocar em movimento. É fazer escolhas mais alinhadas com seus valores, mesmo sem garantias de que tudo vai dar certo.
É nesse espaço — entre o medo e a entrega — que encontramos liberdade, conexão, presença e sentido. Talvez ser vulnerável seja justamente o que vai abrir o caminho para a vida que você deseja viver.
Na psicoterapia, você pode aprender a acolher essa parte de si com respeito, coragem e segurança.